Gabriela Athias – Jornalista
Uma das primeiras casas que me chamaram a atenção quando mudei para a rua em que moro, foi o atelier do Will. Como ele é meu vizinho, passava na porta e ficava namorando aquelas tinas de madeira, que depois me foram apresentadas como “ofurô”.
Estávamos no fim do ano de 2000 e esse tipo de banho era bem pouco difundido em São Paulo. De tanto olhar ofurôs – e tocar na madeira e comentar que ele não perde calor e que isso e aquilo – Will me convenceu a levar um deles. – “Mas meu banheiro é pequeno”. – “Mas eu dou um jeito”.
Assim comprei um ofurô, inutilizei um box e passei a ter o que é hoje meu objeto preferido. Depois de um dia daqueles de trabalho, é entrar no ofurô e uma horinha depois sair renovada. Uso para levantar o ânimo, para curtir aqueles sais coloridos, espumas exóticas… Já mudei de cidade, de casa e de banheiro.
Na mudança, criança, cachorro, agregados e o ofurô embalado em plástico bolha “pra não arranhar, viu moço”. É isso. Meu ofurô virou um membro da família.
Abraços,