Infância
Aos sete anos o paulistano, Wilson Alves, já se aventurava em pequenas construções.
“A primeira que lembro, pela ambição que tinha não pelo bem sucedido, era uma caixinha de projetar imagens” recorda.
Incomodava marceneiros e mecânicos parava fazer carrinho de rolimã e aos quatorze anos cismou que seria arquiteto.
Ainda no colegial, Will, como hoje é conhecido, abandonou a escola para fazer cursos de arte.
Mesmo antes de ingressar na FAU-USP, em 72, já tinha projetos executados para alguns clientes e ganhava o suficiente para se manter.
Faculdade
Na oficina da faculdade nasceram as primeiras esculturas com o auxílio de máquinas e a experiência o levou a cursar a Escola Brasil. Em 1975, concorreu com 99 artistas brasileiros, entre estes alguns de seus mestres, e ganhou o primeiro prêmio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Morou um ano na Europa. “Estudei com grupos de arquitetos que já conhecia dos livros” declara, com emoção, Will.
Premiações
De volta São Paulo, foi premiado pelo MAM – Ibirapuera, no concurso “O Panorama de Arte Brasileira”.
No retorno da viagem do prêmio à Europa, ainda universitário, Will dedicou-se ao estudo do O Capital, de Karl Marx.
Os conhecimentos em economia política com a premiação de um concurso, este de arquitetura, fluíram para a compra de máquinas e o aluguel de um galpão em 1979.
Empreendendo
Desencantado com marchants e galerias Will dedicou-se ao pequeno ateliê-oficina, da rua Caio Graco, onde desenvolveu inúmeras invenções, comprometidas com a ciência da ergonomia, mas, a decolagem só aconteceria em 1980 com a criação dos pentes de madeira.
“Tive sucesso completo de mercado e de finanças durante dezesseis anos” afirma Will, que encerrou a produção dos pentes quando surgiram os excessos de imitações.
Com olhos de arquiteto, viu a Rua Cerro Corá como ponto panorâmico da cidade e estabeleceu o novo ateliê, Will Arte & Artesanato, no número 585.
Variedades e Precisão
A partir de 1992 às pequenas obras consumiram a criatividade como – bancos, estantes em forma de colméias, caixinhas de segredos, relógio planetário, globos, cepos, bandejas-giratórias e objetos lúdicos, como puzzles, cavalinhos equilibristas, gato quebra-cabeça entre outros brinquedos articulados.
Há cinco anos concebeu e dominou a técnicas de vergar madeira e para confeccionar tinas de ofurô.
Cálculos precisos, ostensivo rigor de qualidade dos cortes ao acabamento, as Tinas Will, assim como os pentes, hoje, são resultado de infinitas experiências realizadas pelo arquiteto, que busca no seu trabalho um adjetivo maior que perfeito, e encontra.
Uma de suas proezas é a conquista da resistência das tinas a longos períodos de ressecamento sem prejudicar a estrutura, façanha que nem os japoneses conseguiram.